não existe outra região com a versatilidade de jerez para combinar com a comida
TU TE TORNAS ETERNAMENTE RESPONSÁVEL PELO QUE CATIVAS.
PIMENTA NOS OLHOS DOS OUTROS É REFRESCO.
GENERALIZAR É SEMPRE RUIM.
Poderíamos continuar com as frases de efeito, mas né. Melhor você ver por si mesmo. Seguem abaixo as dicas da sommelière Gabriele Frizon, A Louca do Jerez, pra encaixar pratos típicos espanhóis e outros típicos brazucas nos principais estilos de Jerez:
MANZANILLA
Ostras, Frutos do mar marinados, Ceviche de peixe, Sushi, Sashimi, Saladas, Arroz de Mariscos, Salmorejo.
Você sabia?
A Mazanilla e o Fino são dois dos vinhos de mais baixa acidez que existe? Por isso são os únicos bons parceiros para saladas e sopas frias preparadas com vinagre.
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FINO
Embutidos ibéricos curados, Mariscos, Anchovas, Sushi, Sashimi, Saladas, Azeitonas verdes, Pescados assados, Vinagrete de Mexilhões – Vai muito bem com pipoca e Netflix.
Você sabia?
O Fino e a Manzanilla, são os melhores acompanhamentos para a cozinha japonesa. Sushis e Sashimis harmonizam perfeitamente com estes estilos e não é por nada o alto consumo de Jerez em Tokyo.
AMONTILLADO
Peixes defumados (Salmão, Atum), queijos curados, carnes brancas, pratos especiados, frango ao curry, creme de alcachofra e Feijoada!
Você Sabia?
Em “A Festa de Babette” (filme de 1987), a Anfitriã recebe seus convidados para um jantar, servindo de entrada uma Consomé de Tartarugas harmonizada com Amontillado.
Amontillado é a harmonização clássica para tudo quanto é tipo de caldo, se você quiser transformar uma refeição simples em um espetáculo.
PALO CORTADO
Palo Cortado é o mais raro e normalmente o mais caro dos estilos de Jerez. Um vinho com extrema complexidade e infinitas possibilidades de harmonização…
Prove com frutos secos, embutidos, pratos especiados (Gastronomia Thai), carnes de caça, queijos fortes de massa mole, risoto de tutano.
Você Sabia?
O Palo Cortado é um excelente vinho para lenta apreciação – um vinho de meditação! Por isso, é o par perfeito para os amantes de charutos bebericarem com um Romeo y Julieta Churchill.
OLOROSO
Como o próprio nome indica, é um vinho de enorme intensidade aromática. Com sua forte personalidade acompanha perfeitamente pratos igualmente intensos.
Queijos maduros, carne crua, embutidos frescos, cozidos, carne de caça assada, Carrilada Ibérica, rabada e costela bovina assada no típico Fogo de Chão [N.do E.: é gaúcha ou não é essa Louca?].
Você sabia?
Os aromas e corpo do Oloroso sustentam pratos intensos. Sua secura somada à textura, limpam o palato, preparando-o, como nenhum outro vinho, para desfrutar de pratos gordurosos e gelatinosos.
CREAM
O Cream é basicamente o assemblage de Oloroso com Pedro Ximenez, sendo conhecido no passado como Oloroso Dulce.
Experimente com queijos azuis, frutos secos, salada de frutas, sorvete de baunilha, Foie Gras e Panetone.
Você sabia?
Os vinhos de Jerez são excelentes bases para a coquetelaria. Uma sugestão é servir em copo on the rocks, uma dose de Cream, gelo e uma rodela de laranja.
PEDRO XIMENEZ
Jerez doce por excelência, o Pedro Ximenez é uma sobremesa (ou parte dela) em si.
Prove com queijos azuis, queijos curados, chocolate com especiarias, pudim de leite, Cheese Cake de frutas vermelhas, pão de mel com doce de leite.
Você sabia?
O Pedro Ximenez é tão doce e denso que pode ser servido como calda para sorvetes de baunilha e pistache. A dica é servir uma bola de sorvete em taça profunda e por cima, despejar uma dose de PX… hummm
[N.do E.: Mas usa um PX simprim, tá? deixa o Duquesa, o Candado e o Antique pra taça]
MOSCATEL
A Moscatel é a uva de Jerez com a maior intensidade aromática: seus perfumes frutados e florais são naturalmente acentuados e tipicamente concentrados pela crianza oxidativa, ganhando complexidade e notas de frutos secos pela ação do oxigênio e do tempo.
O Moscatel é a combinação ideal para doces e sobremesas que não são excessivamente doces, à base de frutas, frutas cítricas em calda e sorvetes.
Você sabia?
O Moscatel pode ser elaborado a partir de uvas frescas ou passificadas. No segundo caso, é conhecido como “Moscatel de Pasas”, por sua característica aromática de uvas passas. Já na elaboração do Moscatel com as uvas frescas, será necessária a interrupção da fermentação pela adição de álcool vínico.